quinta-feira, 28 de maio de 2009

What's the real life?


Esse foi o subnick do meu msn por alguns dias. Dias duros de torpor que me fizeram criar este blog. Afinal, What's the real life?

Nos pegamos muitas vezes pensando ou sentindo certos sentimentos por amigos ou parentes, que consideramos errado ou do qual duvidamos. Quando nos apaixonamos por um amigo, por exemplo, às vezes confundimos o sentimento de carinho e amizade com outro tipo de amor, e ficamos na dúvida se estamos realmente apaixonados, se aquela saudade que parece eterna ao fim do dia é normal, se faz parte do que se chama amizade ou se é algo novo a brotar. Algumas pessoas tem a sorte de se apaixonar por amigos e serem correspondidos num relacionamento belo e duradouro. Já diziam os mais velhos, case-se com um amigo ou alguém que você goste de conversar, porque quando o sexo e a paixão acabarem só restará o companheirismo e a conversa. Outros porém, não correspondidos, sofrem com o dilema do sofrer calado ou perder o amigo. É nessa tortura da vida onde nos deparamos muitas vezes com pessoas que só querem a nossa amizade, e fazem nos aprender a ser mais precavidos em relações ou diria medrosos e frios? Depois de tantos baldes de água fria que levamos da vida o que passa a ser a Vida Real? Um mundo frio onde as pessoas querem menos do calor que você está disposto a dar? Solidão? Deixar de sonhar com o "Que nem a morte os separe"?( se é que existe algo depois dela).

Eu poderia ter chorado por você, mas sempre achei que o ápice do Amor é quando gostamos a ponto de abrir mão do outro, para que este seja feliz independente de estar ao meu lado. Sou egoísta não nego, e nunca soube lidar muito com isso mas o mundo é feito de farsas mesmo, e eu aprendi a esconder os sentimentos desde cedo, além do que acho pena um sentimento desprezível então caso você tenha guarde ele com você.
Eu sonhei com você, foi a única coisa da qual não me privou e da qual nunca me livro, mesmo sendo realista imaginar a vida com alguém que eu adore é tão espontâneo quanto respirar. Sonhar sempre me fez muito bem e não abrirei mão disso, gosto dessa minha parte infantil e boba como muitos podem interpretar, mas é o que me faz feliz hoje e o que me faz seguir e acreditar que sonhos podem ser reais. Talvez não haja limite entre o sonho e o real, mas o que é real?

domingo, 24 de maio de 2009

Amor


Somos acostumados à essa palavra desde criança. Vemos o Amor que há entre nossos parentes, pais, avós... e aprendemos que essa é a base de toda família juntamente com o respeito. Não sei se os meninos da mesma forma, mas as meninas muito novas já aprendem a sonhar com seus príncipes encantados encontrados, em tantos contos de fada. Eu poderia dizer que crescemos crianças iludidas mas não, prefiro ser besta e romântica como muitos rotulariam. Não acreditando em um príncipe que subirá em meu castelo pelos meus cabelos ou que me acordará de um sono profundo com um beijo (ah não ser metaforicamente me acordando do torpor em que me encontro), mas acreditando que pode haver sim alguém bom o suficiente que possa compartilhar das minhas alegrias, tristezas, devaneios, e nerdices de modo louco e único, com respeito e confiança, assim ser o que considero como Amor.

Não acredito no felizes para sempre, mas me contentaria com alguém pro resto da vida. Por mais bobo que seja não consigo me imaginar sem isso, é como um sonho mas não é nada que eu não mereça. Pode demorar muito tempo, eu sei mas o tempo e o amor são companheiros mesmo. Os dois não pode ser vistos, mas podem se sentir suas mudanças, e o Amor verdadeiro é aquele que faz o tempo passar mais rápido quando se está junto e ser eterno quando se está longe, e que dura mesmo com as mudanças inevitáveis.

Alguns amores vêm e vão e deixam rastros de dor quase irrecuperáveis. Me deixaram fria? Talvez, mas me ensinaram a ter mais amor-próprio e a cuidar do meu coração. Passei a me encarar como um vinho raro, ou a famosa metáfora das pérolas aos porcos. Você pode oferecer um vinho raro e toda sua perfeita essência à várias pessoas na rua, quantas reconhecerão que é um vinho raro e o valorizarão assim? Isso não impede que o vinho encontre seu sommelier. Ah não ser que o vinho também não se reconheça e não se valorize ao ponto de se doar demais às pessoas comuns da rua e acabe vazio.
Enquanto o tempo passa o vinho tenta melhorar a sua essência na busca de seu sommelier.

sábado, 16 de maio de 2009

Saudade


Esse sentimento tem sido como um fantasma na minha vida desde muito cedo. A primeira coisa da qual eu senti saudade creio que foi do meu pai. Ele viajou quando eu era muito nova não lembro direito como foi, mas creio que senti sua falta como toda criança normal, apesar de que até hoje me dizem que sou muito diferente. Lembro de uma vez que ele foi embora, não sei se esta foi a primeira, eu chutei ele quando ele foi me abraçar... Minha mãe chorou a noite inteira e eu fui com ela no sofá, preocupada , queria até poder chorar pra ver se a consolava.É talvez eu realmente tenha sido uma criança estranha.
Depois disso acho que senti saudade dos meus namoricos, e das aulas quando entrava de férias e ficava um bom tempo sem ver meus amigos, as professoras, pra quem morava no sítio, a civilização diria eu. Hoje já não tenho tanta necessidade das pessoas assim, elas não são boas como eu imaginava. Sinto falta de um pouco disso. De ser inocente, de acreditar que as pessoas podem mudar, como eu ainda sou algumas vezes. De poder andar pelada, de poder demonstrar que não gostei de um presente, de inventar brincadeirs, de ser arteira e ter energia pra isso. Nesse sentido, ser criança pra mim foi realmente especial, eu aproveitava o máximo, e não tinha a malícia que tem hoje, além do que ter seis irmãos não te permite sentir saudades de muitas coisas.

Hoje eu sinto saudade de tudo isso, mas de boa forma, nostálgica. Sinto falta ainda dos meus namoricos que hoje são realmente amores, dos meus amigos que se mudaram e alguns que se perderam, de amigos até mesmo de internet que somem de vez em quando, assim como eu faço com eles deixando-os preocupados. Sinto falta da saúde da minha vó, quando ela não tinha Alzheimer e fazia mingau de trigo, pipoca... Saudade de quando ela lembrava de nós... É triste dizer isso mas quanto ao meu pai sinto que me acostumei com a falta dele, foram muitos dias dos pais fazendo trabalhos pra entregar pra mamãe, não que eu não reconheça a importância dele mas... Ainda acho graça quando ele me chama de coração e me trata como da última vez que ele me viu, foi há 6 anos e apesar de eu ter 12 ele ainda me fazia sentar em seu colo como a caçula das meninas. É engraçado lembrar, mas me sinto meio fria, pois sinto mais falta de outras coisas como a reunião de primos que a gente fazia no tapete da sala pra jogar video game e bagunçar com tudo.

Se saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa eu não sei, só sei que isso não tira o direito das outras línguas de sentirem o mesmo e se expressarem de outra forma, ou de uma mesma forma, a mais bela de todas, a linguagem universal do coração.

Procuramos qualidades que nos fazem amar certas pessoas, em outras pessoas totalmente comuns, sem notar que o incomum é o que nos fascina e caímos no ciclo de quanto maior a procura mais saudade se sente.



Saudades...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Bersek


A tradução para a palavra Berserk, segundo o Erick, quer dizer "capa de urso", de "bera" (bear) urso e "serkr" capa, assim como pode ser o nome de um mangá ou de um modo de luta em RPGs sou em inglês guerreiro nórdico que luta fervorosamente. Sinto que nesses últimos dias preciso de uma capa dessas. É como amigos meus dizem quando não querem sair de seus quartos para mais um dia no mundo afora. Querem se deitar e se cobrir com seus lençóis e ficar numa posição fetal, como lembrança da proteção na barriga da mãe, e no caso das pessoas mais sortudas, podem contar com seus parceiros nesses dias ruins que lhe abraçam reconfortantemente em forma de concha, ou de qualquer outra forma aconchegante.

Deitar e se aprisionar dentro de casa é uma visão covarde pra mim. Por isso o meu desejo pela capa. Nela eu poderia sair a qualquer lugar sem me ferir, em dias de sol ou de chuva nada me afetaria. Mas penso, quem estou querendo enganar? O ser humano não é assim. Ele gosta de sentir o gostinho da "vida", gosta de sentir o sangue ferver com a adrenalina, gosta de se machucar às vezes num ciclo quase interminável na esperança de aprender algo ou de que as circunstâncias mudem e não se precise mais mudar por elas.

Talvez eu não queira mesmo a capa. Talvez queira só por um momento. Talvez eu precise mais é de coragem, de fazer o que realmente tenho vontade, de sair correndo num dia de chuva ou num campo de gritar sem ser necessariamente ouvida. De chorar de novo. De voltar ao velho Romantismo, do amor, não diria idiota, mas inocente, que foi tirado por quem amávamos e que são as mesmas pessoas que nos criticam chamando nosso aprendizado forçado de frieza. O tempo passa e as frustrações nos tornam pessoas frias o que faz nosso corpo gélido congelar as lágrimas que pensam em sair.

domingo, 10 de maio de 2009

How Much?


Vivemos numa época em que o Capitalismo impera sobre nossas vidas, na qual o dinheiro ou a ganância seriam a seleção natural. Somos treinados a passar numa avaliação que decidirá a faculdade que entraremos e assim todo nosso futuro, e os mais aptos estão nas classes que podem pagar por um ensino de qualidade que o nosso país não fornece, e acabam por dominar as vagas dos cursos mais concorridos assim como das melhores faculdades. Casos raros de perseverança e vitória como nos contos de fada aparecem, mas ainda assim a diferença de classes se torna evidente entre os grupos de amigos de uma sala de aula.

E nesse corre-corre do dia-a-dia, metrôs, carros, ônibus, buzinas, Hora do Rush... trabalhos, provas, relatórios, esquecemos relamente o que é Viver. Passamos 9o% da vida pensando no futuro, seja ele o amanhã ou a hora seguinte. Não comemos, não saboreamos o sabor de uma sobremesa, engolimos algo que nem sequer lembramos no dia seguinte. Esquecemos de agradecer e estar feliz pelas coisas que temos, e pensamos no que mais podemos ter como num consumismo interminável regido pelo imperativo do Compre, Beba, Vista, Seja... Ao deitar será que lembramos dos momentos divertidos do dia, se é que houveram, ou pensamos nos tempos de aula de amanhã? "We are the robots..."

Não quero ser nem parecer hipócrita. Não vou gritar Viva ao Comunismo. Não vou dizer que dinheiro não traz felicidade ou manda buscar. Só quero saber... Quanto Custa?

Quanto custa ouvir a voz de quem a gente ama no telefone, do outro lado do mundo, depois de uma catástrofe dizendo "Estou bem."? Quanto custa um sorriso de Bom dia, um abraço apertado, um beijo roubado? Qaunto custa uma partida de video game, uma conversa de putaria no msn, uma coca-cola e o pôr-do-sol com os amigos na beira do Madeira?

O tempo não volta, muito menos pára pra que você diga Eu te Amo, e aproveite as boas coisas da vida. Simplismente Viva! Não espere para ver o preço da palavra não dita, do beijo não roubado, do grito reprimido, do abraço que ficou não saiu da mente, do sorriso não retribuído, da chuva que passou...

É.. O Radicalismo, como sede de vida, ainda é a única característica que eu invejo nos românticos que entregam sua alma pelo puro e simples Amor.

Dedicado ao Canis lupus signatus pelo amasso, ops abraço e beijo que não posso estar dando hoje =3 =***