terça-feira, 29 de junho de 2010

O amor ...



tem que ser uma rodovia federal de mão dupla: os carros devem fluir pelos dois lados mesmo com os riscos, mortos e feridos.

domingo, 27 de junho de 2010

A mentira...


é o vibrar de cordas vocais que quer convencer o cérebro mas que quando descoberta só atinge o coração.

Antes...


de entrar no amor a gente enxerga uma linha entre o racional e o ridículo. Depois disso.. sobre o que que eu tava falando mesmo?

Sou...


poesia, prosa, poema, o que você quiser, mas queria ser romance de um só bem me quer.

O amor..



não é difícil de ler aos olhos de quem o sabe ver, com o coração.

Pobres



são aqueles que não tem revoluções pra passar pelo coração. Ou não tem mais coração pra que se passe a revolução.

Dedicado ao revoltado de hoje.

Escolha



Só uma escolha: jogar fora toda dor que já não cabe em mim ou arrancar partes de mim pra arranjar mais espaço pra ela.

E o que me afoga....


Hoje, é a falta do teu afago.

domingo, 6 de junho de 2010

Ela e o Amor

Ela costumava usar muito a palavra se não como um pronome condicional mas como uma justificativa fatal, porque todos se calavam quando ela o usava.
Se hoje estou em torpor é porque ontem a dor era demais.

_

Se lembra até hoje do nome do primeiro menino pelo qual se apaixonou. Era um meio loiro que jogava queimada com ela, mas que só tinha olhos pra menina mais bonita da sala da qual ela também ainda lembrava o nome.

Lembrava das conversas de família sobre relacionamentos e gostava de comparar com o presente. A irmã mais velha, que tinha a idade mais próxima à sua, dizia que não se casaria e não teria filhos, já ela mesma queria ter um marido, e pelo menos dois filhos. Achava graça que as coisas em parte tivessem se invertido, assim como achava graça ainda acreditar em amor pra sempre.

Ao analisar a família se pegava vendo os irmãos mais velhos casados com seus primeiros amores.
Ao analisar a si mesma via que ainda desejava um marido, dois filhos, uma casa de dois andares, um jardim enorme, um companheirismo manifesto em amor eterno em todas as pequenas coisas da casinha, do jeitinho dos dois, e às vezes chorava.

_

Agora ela estava só e lembrava apenas em fragmentos de todos os amores que já teve. Lembrava de todas as lágrimas que derramara, e de tudo que ainda não aprendera. Às vezes se perguntava se alguém realmente aprendia algo, e que, se assim fosse, quanto mais ainda ela iria chorar pra poder aprender o que ela não conseguia ver.
Era uma curiosa insaciável, lia dos mais variados livros e pesquisas mas ainda assim nada de novo aprendia.
Desejava ao menos ter aprendido das Artes que tanto amava, porque ao menos assim ela poderia expressar toda a dor que sentia, que a obrigava a fugir em um torpor que ela não mais queria.
Não queria desperdiçar tão lindo sonho.
Não queria ter de se sentir viva através de uma dor.

Queria só poder um dia andar junto e sem doloridas lágrimas, Ela e o Amor.