Ponho-me hoje a escrever meu último discurso inútil aos reles humanos que ainda insistem em não se calar ou se dar ao luxo de medir suas palavras.
Vou começar com a antiga redundância da expressão minha vida pessoal, onde nela todas as coisas só eu sei e, ainda que uma delas me escapasse, só eu saberia o motivo e a versão da história completa. Ou pelo menos é assim que quero acreditar.
De toda a minha vida pessoal desde os anos mais inocentes até estes anos mais cansativos onde eu luto para não cair na rotina robotizada do nosso novo mundo, gosto de ser meu autor onisciente.
Sendo assim, todas as histórias desde meu suspiro apaixonado aos meus choros mais calados só eu sei o que passei. Por mais que alguém diga que sabe o que são as dores e as felicidades de estar com a família em problemas ou em alegrias, pra mim são só palavras porque os sentimentos só eu senti.
Situações parecidas não são as mesmas situações.
Minhas lágrimas caíram sozinhas ainda que eu tenha tido sorrisos compartilhados.
Egoísta? Humm... territorialista. Minha vida, meu espaço.
Um autor onisciente sabe, ou pensa que sabe, de seu roteiro de suas escolhas das reações da maior parte do público. Ele não precisa de conselhos falhos, discursos hipócritas e da farsa dos sentimentos compartilhados de críticos que usam disso para se sentirem melhores e existentes, quando na verdade têm a inútil função de aborrecer e serem ignorados pelo autor.
E porque fazem isso? Não sabem ao menos escrever a história de suas próprias vidas ou ver o que há de interessante nelas, não se matando pelo simples fato de saberem que nem ao menos sua carta suicida seria bem feita.
Em nome dos autores digo que cuidem de suas medíocres vidas. Engulam seus livros de auto-ajuda, guardem seus discursos religiosos cheios de hipocrisia, e sobrevivam da venda de seus valiosos conselhos. Por fim deixo meu pedido mais singelo que costurem suas bocas com a linha do bom senso em nome da paz e dos bons costumes.
Dedicado aos bons expressivos que encontrei na vida, não por serem realmente bons, mas por se salvarem da mediocridade geral. Por escreverem textos, ou usarem de qualquer outro talento para expressarem sentimentos onde outras pessoas sofram catarse espôntanea e fortuita. Um grande beijo.
Talvez não seja de todo ruim passar maus bocados! Talvez seja meio ruim, meio bom. Talvez não seja de todo ruim escutar conselhos falhos, hipócritas ou não, são outras formas de ver a vida. Isso sempre pode, ou não, mudar uma visão nossa! Não faz mal escutar algo! Se fizer diferença, aplique, se não, jogue na lixeira! E é sempre bom fazer uma catarse íntima, fortuita ou a força! Faça o que quiseres! Mas é sempre bom experimentar, se submeter a algo, nem que seja um pouquinho, pra ver se você gosta! Descobrir-se é viver! Tem gente que se esquiva de experiências. Bom, é uma escolha! Cada um responde pelas suas. Mas eu acho bobagem renegar a desejos. Então, descobrir os desejos é fundamental. Aí renegar experiências desejadas, é bobeira! Mas até a bobeira, se desejada, é válida! (rs)
ResponderExcluirBelo texto... Gostei muito, mas acho que daqui alguns anos, uns 3, eu acho, você vai pensar diferente sobre muita coisa escrita! Permita-se à alegria em viver...
Bjo
José de Lima Cardozo Filho